quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo 2011

Já estamos novamente em mais um final de ano, e mais uma vez acabamos dizendo: "Como passa rápido!!!"
Até passa, mas quantos acontecimentos nesses 365 dias, alguns que nos marcam para sempre, outros preferimos esquecer, mais fácil será superar com o tempo...
Eu digo Ano Novo e Vida velha, nada de pessimismo, é realismo mesmo, mas isso não significa que não podemos inovar, tentar dar uma "viarada" na vida, prá melhor, e isso só consegue com muita persistência e força de vontade...
Passei o Natal em família, com minha irmã, sobrinhos, filhos, amigos, pessoas que amo. Minha sobrinha Daniela, 24 anos de beleza e energia, em Agosto/09, sofreu um acidente de moto e quebrou a perna direita em vários lugares, está se recuperando, e estar com ela, saber que saiu viva de um acidente perigoso, já é motivo prá comemorarmos. Admiro essa menina, tem uma personalidade forte, mas também é sensível e carinhosa, uma mistura de menina e mulher e tudo isso fez a mesma amadurecer, em momentos assim, acabamos dando mais valor a vida. Ainda vou ver minha sobrinha recomeçando e será muito feliz...


Voltando ao Ano Novo, 2011 chegando, vanos ficar por aqui, não sei se veremos os fogos na beira-mar, Floripa está se preparando para vibrar na passagem do ano, turistas sempre esperam o melhor, creio que terão, cidade tá lotada. Acho que prefiro ficar em casa, olhar as estrelas ou o céu escuro, da sacada e meditar um pouco no que quero, pretendo e vou lutar para conseguir nesse ano que se inicia, sempre é bom ter um próposito, sonhos, planos e  tentar realiza-los, vou até fazer uma listinha...
2010 nada a reclamar,  passou, vivi bons momentos, outros nem tanto, faz parte né?
E para comemorar a chegada de mais um ano nada como postar Carlos Drummond:
FELIZ 2011

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

domingo, 28 de novembro de 2010

Amizade além da Vida...


    Na adoslecência quando me apaixonei por um moço de cadeira-de-rodas, quis entender melhor as pessoas cadeirantes e talvez assim tentar conquista-lo. Na verdade eu era muito imatura e sem estruturas para tanto, era insegura demais, medrosa demais, timída demais e arriscava de menos... Foi meu primeiro amor, tudo meio platônico, puro e verdadeiro. Ele sempre me tratou muito bem, sabia do meu amor, mas sabia também as condições e principalmente as dificuldades em me assumir... Acabou, e nem tinha começado direito, mas restou uma amizade, hoje raramente nos vimos, tem coisas que marcam a vida da gente.
Nessa época, eu lia muitas revistas, livros, não tinha computador mesmo, então tinha que se buscar informações por outros meios, e como sempre gostei de fazer novas amizades, lia aquela parte: "Correio da Amizade", o "Chat" hoje é mais completo, mas os anuncios também funcionavam em se tratando de namoro e novos amigos, fiz muitos.
Foi assim que conheci a Salete, de Carazinho - RS, fomos duas adolescentes cheia de sonhos a realizarem. Simpatizei com ela do íncio, eu tinha muitos correspondentes e vivia de bunda prá cima na cama escrevendo km de cartas... Com a Salete eram várias folhas, nós numerávamos cada uma prá não nos perdemos e a letra que de ínicio ficava caprichadinha, terminava num garrancho, pelo cansaço dos dedos, muitas vezes tinha dificuldade prá decifrar a letra dela, parecia de médico. Que saudades desse tempo!! A  gente acha que nunca vai passar e não aproveita mais como deveria... Eu e ela tínhamos uma sintonia incrível, quando uma estava meio deprimida, a outra sentia, ligava perguntando:" Tu estais bem?"...
Então vinham os desabafos e as palavras de conforto. Ela sempre me dizia o que eu precisava ouvir e isso me deixava leve, mais feliz. Quantas vezes me alertou sobre algo que poderia me prejudicar e eu depois descobria que ela estava certa, era um sexto-sentido aguçado, que me impressionava. Mas, isso ocorria de ambos os lados, era como se eu visse antes de acontecer a ela, bastava me contar a situação e eu também mostrava um rumo... Amizade verdadeira, sincera, não tínhamos segredos, mesmo distantes participávamos uma da vida da outra... Amores, medos, frustrações, felicidades, aprendizados, experiências, tudo era uma troca e "crescemos" juntas... A primeira vez que veio me visitar, não lembro depois de quanto tempo de  amziade, acho que uns 5 anos, moravámos mais de 800 km longe e ela veio com irmãos, primos e amigos, 3 carros buzinando e anunciando que finalmente íamos dar aquele abraço fraterno. Era carnaval e dia do meu aniversário, 3 de março, fizeram uma surpresa, enfeitaram a casa, me paparicaram, inesquecível. Salete, era como se já a conhecesse há muito mais tempo do que 5 ou 6 anos, como ela dizia: "Deve ser de outras vidas..." Veio me visitar umas 4 vezes e eu fui lá apenas 2 lá vê-la... Passamos a virada do ano 2000, foi muito bom, a família é tradicional gaucha, fomos recebidos com muito carinho e era como se fossemos todos da mesma família... Não esqueço o macarrão caseiro da D. Hildegar, mãe dela, uma delícia...
Tínhamos também algumas coincidências, signo de peixes, Salete de 7 de março, uma irtmã de nome Vera e a Fátima também mais uma irmã dela...
        Essa amizade superou distância e venceu o tempo, mais de 30 anos e chegamos a era da informática, aprendemos a usar essa máquina e nos víamos pela web-cam, já não erámos mais meninas e sim mulheres adultas, cada uma com sua visão da vida, mas sempre respeitamos a opinião da outra e nunca deixamos de nos "consultar" em alguma dúvida... Salete era forte, autentica, verdadeira, ela tinha uma luz, uma garra e sempre uma palavra a quem precisava... Quando descobriu que estava com cancêr e me transmitiu a triste notícia, eu fiquei sem chão, não soube como lidar ou o  que dizer e poderia ter ido visita-la, mas não fiz, não sei se meu coração aguentaria e ela mesma disse que seria um rio de lágrimas... Acabamos chegando a conclusão que isso não faria bem às duas e minha ultima conversa com ela foi nessa telinha, ligamos a cam e choramos muito, depois relembramos os velhos tempos, rimos e ela com olhar e aspecto cansado sabia tanto quanto eu que seria a ultima vez nessa terra que estaríamos nos vendo... A gente sempre se perguntava, quem iria primeiro? Quem ficaria viuva dessa amizade? Ela se foi em 21 de Março de 2008, eu fiquei, mas tudo que ela me deixou, que contruiu comigo, permanece... Me emociono quando lembro, quando penso na minha amiga e ela sempre estará no meu coração enqauanto bater. Deixou um depoimento no meu Orkut, que guardo cada palavra, não como apenas uma despedida, mas como uma amizade que a morte não levou.... Tive 3 sonhos com ela, dissemos que assim nos comunicaríamos, não foram sonhos ruins, em todos ela ainda não estava feliz, parecia meio deslocada em um lugar com muitas pessoas desconehcidas, que chamavam de "família"....
Saudades AMIGA, muitas, como disse tua irmã Fátima, deixastes um enorme vazio, e que eu digo, preenchido pelas boas lembranças que temos de ti... Tudo que vivemos nesse mundo só acrescentou mais na minha vida, contigo também aprendi muito e pessoas que amamos não morrem, realmente vão antes de nós... Uma amizade igual a nossa o tempo não apaga e continua além da Vida...
Muita Luz....

Salete Barbosa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Tarde

        
     A tarde não sei se é tão bom quanto escrever a noite, barulho de carros, construções de prédios, buzinas, vozes, é o dia dia da grande cidade... Em pensar que eu morava a beira-mar, ouvindo o barulho das ondas, numa cidade pequena e tranquila e troquei tudo por essa "selva de pedras", ao meu redor prédios e prédios, mas sempre gostei de ver tudo do alto, moro bem dizer no terceiro andar, mas queria lá no ultimo prá ver o mundo de cima. Será que isso e por que sou baixinha? Explicações a parte isso tudo me assusta e ao mesmo tempo me fascina. Gosto daqui porque ninguém pára prá ver como vc está vestida ou a cor do teu cabelo, pode até chamar atenção mas quem se importa? Cidade pequena já tem a desvantagem de todo mundo saber da tua vida, comentar e ainda palpitar em tudo o que vc faz ou veste, isso sem falar se aparecer de cabelo verde, junta uma multidão prá ver, exagero ou não eu vivi minha vida toda lá e sei como é, aqui ainda estou me adaptando. Floripa é linda! Meio "Estadosunidense", e encanta, tem gente que veio passear e ficou...Gosto do antigo e o novo se misturando, prédios que mostram o passado e outros de arquitetura nova, ambos lado a lado, é como reviver a história olhando prá um lado e voltar ao presente no outro...
Então, tava aqui sem fazer nada, filhos estudando e trabalhando e eu nas minhas tardes solitárias, tenho tempo de sobra prá observar aquela nuvem que passa (por onde anda Gilliard?) e que vai trazer tempestade, tá se aproximando da minha janela... Eu até gosto  de ver a chuva, de ouvir o barulho, mas sem trovões e relâmpagos, parece meio trágico...
Entrei no programinha de jogar canastra, joguei algumas, perdi, ganhei e isso ajuda a passar o tempo, não que eu me incomode com o "tempo", porque tenho de sobra prá me ocupar ou desocupar comigo ou com nada... Ando meio chata com tudo, deve ser efeitos colaterais da menopausa, eita fase ruim, pelo menos prá mim, quando começa aquele calor, já li que o nome é "Fogacho", esse fogo só apaga com hormônio, que sensação ruim, parece que entro dentro de um forno e minha cabeça vira um micro-ondas, se não deu prá entender, desculpem, mas é o calor do inferno, eu sempre exagero, mas além do calor vêm um lado borocoxô, fico insatisfaeita com tudo, até comigo mesma, que chatice... Já conversei com algumas mulheres de mais de 60 anos e elas dizem que isso não acaba fácil não, que dura muito... Nessas horas seria bom morar no Alaska... Mas, tudo passa, não posso deixar a menopausa me ganhar e me deprimir, procuro sempre MOTIVOS prá estar sorrindo, ainda bem que otimismo não me falta...
Tenho uma Comunidade no Orkut: "COMUNIDADE FAMA", uns dezoito mil membros, grande façanha, faço cartões, sempre gostei de criar, vou inventando e quando fica pronto me orgulho do que fiz, nem todos me agradam, mas como gosto não se discute, tem gente que aprova. Pior nisso tudo são horas gastas, que para mim é uma terapia, e depois vem um e outro e copiam teu trabalho, assinam como se fossem deles, acontece com várias pessoas donos (as) de Comunidades, já me incomodei com isso, hoje penso que pelo menos tenho talento, quem não tem copia, ou é preguiça, a coisa fácil, é mais vantajosa né? Deixa prá lá, copiem a minha capacidade, isso me engrandece..
Ainda não comentei sobre meu namorado Marcos, comentarei, ele me ajuda muito em tudo isso, na parte "técnica", em baixar, entender e usar os programas, é meu professor, grande parte do que sei devo e ele, brigadinha Mor...
Internet é minha grande companheira, isso vicia, não quero me livrar do vicio, talvez dosar, porque às vezes exagero ou sempre, mas não vivo sem meu computador...Começou a chover, melhor recolher a roupa da sacada... Amanhã quem sabe o sol volta a brilhar, sempre volta, quis ser poética...Byeeee

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fácil e Dificíl

   A Tarde está ensolarada e um pouco fria para o mês de novembro, mas o tempo ultimamente é assim, inverno e verão se misturam. E dias assim é bom prá "meditar", pensar na vida e no que estamos vivendo, tudo tem prós e contras e quando vou fazer escolhas, peso tudo, assim uso o bom senso e não me precipito em tomar decisões por impulso... Esse texto eu já conhecia e diz tudo, pelo menos nesse momento para mim, diz muito:



Reverência ao Destino...

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demostrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer ” oi " ou ” como vai ? "
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é viver o presente.
Difícil é se desvencilhar do passado...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 6 de novembro de 2010

Recomeçando...

     Mais uma noite de um final de semana, à noite realmente me inspira, durante o dia sinto sono e durmo, essa é uma das boas vantagens de se estar “aposentada”, não se tem horários, todos os dias parecem feriados, é bom ficar de papo prô ar. Mas, também, eu mereço, trabalhei anos para agora usufruir do descanso, se bem que tenho meus compromissos com a casa, filhos, família, enfim, nem tudo é só moleza e se fosse, seria entediante.
Onde trabalhei? Numa indústria de azulejos, ICISA, Indústria Cerâmica Imbituba S/A, onde aprendi muito em termos profissionais e humanos. Comecei como telefonista e depois estava trabalhando em vendas, com um salário razoável, que me mantém até hoje. Sinto saudades dos colegas, que poucos revejo, saudades da minha correria diária, mas atualmente, ainda prefiro uma rede na varanda...
Nem sei porque comentei sobre trabalho, talvez esteja precisando de uma atividade, só que nem eu sei o que, já pensei em pintura em telas, artesanatos, mas não continuei, melhor dar uma volta no Shopping, olhar vitrines, gastar uns trocados, comer um Kalzone e observar o vai e vem das pessoas, ta aí um bom programa para domingo a tarde...
       To aqui ouvindo músicas, todas da minha época, e para esclarecer, na minha época se ouvia em “aparelho de som”, não era gramofone. E eu ainda acho que as músicas do “passado”, eram mais lindas” tanto que regravam... Adoro músicas italianas, desperta meu romantismo, eu “viajo”... Alias música para mim é um estado de espírito, me transporto seja para o passado ou presente, ou mesmo sonhos futuros que não sei se realizarei, mas me deixam zen... Sou uma sonhadora, dizem que piscianas são assim, não entendo muito de signos, leio raramente, mas leio os doze e todas as previsões me servem, portanto não sei a diferença de um prá outro...
Hoje acordei com uma preguiça, mas fiz almoço, ajeitei o apto, acho que dormir tarde realmente cansa, minha vó dizia que o sono da noite é reparador, pode ser, então tô precisando me reparar, porque ando corujando demais e no dia seguinte pareço um zumbi, prometi “dosar”... Tem dias que a gente se olha no espelho e se acha feia, tudo parece estranho, mas quando estou assim, procuro uma roupa mais colorida, nada de exageros, prá não parecer o Bozo, uma maquiagem leve, uma ajeitada no cabelo e a coisa melhora. A gente reclama demais da aparência e acha que poderia ter um nariz menor, um queixo mais bonitinho, dentes perfeitos (dentistas ficariam pobres), nada de celulite ou pneuzinhos, enfim, mesmo sabendo que a perfeição não existe, queremos ser Gisele Bündchen, é só um exemplo, massssss, as vezes me pergunto se ela também não reclama de alguma coisinha que não gosta em si, acho que isso é próprio de nós mulheres, os homens parece que são menos exigentes consigo, se bem que hoje em dia estão mais vaidosos. Não sei se a beleza é tudo, mas chama atenção a primeira vista. Sempre me achei muito feia, e não fazia nada prá mudar, achava que não tinha jeito, afinal o Pitanguy estava e está fora do meu orçamento. Mas hoje agradeço ao Boticário, Natura e outros concorrentes pelos cosméticos que dão um jeitinho no rosto, nos cabelos e na minha vaidade. Eu participava de uma sala de chat de Deficientes Físicos da UOL, não tenho participado com freqüência, mas aprendi muito lá, existem pessoas limitadas que passam uma grande lição de vida e em vez de reclamarem da aparência, estão na luta para conquistar seu espaço. Ainda vou comentar sobre as amizades que fiz lá e algumas estão comigo até hoje, chamamos de amizade virtual, mas sentimento nunca é virtual, isso é bem real e o contato que tenho com essas pessoas é muito próximo e verdadeiro... Para mim essa sala foi uma grande experiência, num momento da minha vida meio confuso e atribulado, estava em fase de separação e entre me sentir solitária e perdida, olhando prô nada, me desidratando em lágrimas, preferi essa telinha e as pessoas que mesmo distantes, muito me ajudaram nesse momento. A vida é cheia de altos e baixos, terminar um casamento de 20 anos não é fácil, principalmente quando se tem dois filhos que também sofrem com tudo isso, porém se entregar ao desespero é pior, eu procurei forças onde nem sabia que tinha, em mim mesma, naqueles que se mostraram realmente amigos, nos meus filhos e numa nova vida que teria pela frente. Fui trocada por uma “amiga” e que amiga né? Mas isso ta superado, nessa história toda quem ganhou mais fui eu, porque descobri que os dois se mereciam, ambos sabem trair, só não sei porque não ficaram juntos. Uma separação pode ser dolorida, motivo de depressão, de tristeza e que faz a gente se sentir um “nada” (comigo foi assim), mas o importante é respirar fundo, se olhar no espelho e acreditar que se pode reagir e RECOMEÇAR, foi o que eu fiz. Embora com o coração partido (já reconstituído) eu fui aos poucos acreditando que uma vida nova me esperava e assim aconteceu. Mas, o melhor de tudo, foi ver o ex de joelhos pedindo perdão pelo que tinha feito e queria voltar... Vi ali, um homem perdido, mas que já não havia mais lugar na minha vida, além do que perdi a confiança nele, nada mais restava, mas a minha dignidade e estima se fortaleceram diante daquela atitude. Repito, eu tinha vivido com ele 20 anos, casei de  branco, véu, com direito a igreja decorada e florida. Ele era sarado, bonitão, disputado pelas meninas e agora estava ali diante de mim fragilizado, arrependido (Será?), parecia que eu não o conhecia mais... Separação consumada (existe isso?), acabou, hoje somos “amistosos”, temos dois filhos, mas raramente nos vimos, prefiro assim, quero que seja feliz com a nova mulher dele e sete anos se passaram, página virada...
Também tenho um novo amor, mas essa é uma outra história, conto depois... Vou acabar transformando esse blog num livro... Serah Briguitman cantando, que voz!!! Essa posso até voar, "MOMENT OF PEACE", juntamente com Gregorian, muito linda! Eu gosto! E hoje o fnalzinho é ao som dessa música...Hora de sonhar...

COMEÇO...

      Quando eu era criança, até mesmo adolescente, não gostava da noite, achava misteriosa, assustadora e via fantasmas em toda parte. Dormia cobrindo a cabeça com o cobertor, inclusive no verão, o calor ficava em segundo plano, poderia derreter por debaixo das cobertas, mas não queria ver as paredes, muito menos o teto, tudo parecia ameaçador.
Queria que o tempo voasse para eu ouvir o canto dos pássaros e saber que mais um dia amanheceu e a claridade vinha como uma proteção aos meus medos bobos. O tempo vai passando e passamos por mudanças, não só exteriores, mas interiores também e hoje eu gosto do silêncio da noite, acho o melhor momento para escrever meus sentimentos, meus poemas, minha história e deixar aqui muito de mim. Na verdade sempre gostei de escrever, mas me tornei um pouco preguiçosa, o computador oferece um mundo de opções e como sou curiosa, vivo “fuçando” em tudo, leio mais, descubro programas de imagens e escrevo menos.. Às vezes penso como consegui viver sem um, volto no tempo e penso se a minha vida antes era um tédio, mas não, a gente acaba se adaptando ao que tem e inventando algo prá não ficar na mesmice, se bem que de vez em quando gosto de “fazer nada”, não sei se prá meditar ou simplesmente me acomodar, tipo um descanso, o encontro comigo mesma, aquela introspectiva que a gente muitas vezes precisa, para recomeçar uma nova etapa ou seguir em frente apesar dos percalços da vida, nossa, essa ficou bonita heim? “Percalços = Obstáculos”...  Voltando a adolescência, quando eu lia algo e não sabia o significado da palavra, já tinha o dicionário do Aurélio do lado, hoje temos o Google, a Wikipedia... Acho que tô nostálgica, tenho essas recaídas de voltar às coisas boas do passado, creio que todo mundo tem, porque faz bem lembrar do que foi bom e também do que foi ruim, porque já passou.
Pois é, nessa madrugada primaveril (poético), resolvi começar meu blog, não vou abordar um único assunto, até porque gosto de variar, faço uma “salada” de letras e a coisa vai fluindo... Na verdade vou escrevendo o que sentir no momento, sempre fui assim, de momentos, acho que a vida é feita de momentos, eu e minhas filosofias baratas, mas muitas vezes me ajudam a superar certos momentos ruins, tudo faz parte e chega dessa palavra “Momentos”, afinal o título do blog é “Recomeçar”... Pensei em qual seria, quando fiz o cadastro, mas como isso é de mim para mim, mas quem quiser ler, esteja a vontade, mas aqui sou eu, serei eu e minha vida sempre foi um “Recomeçar”, acho que não é tão diferente da vida dos outros, mas aos poucos vou narrando meus recomeços, erros e acertos, minhas opiniões, experiências vividas...
São 06:03 hs, de um sábado, sempre gostei de marcar tudo com datas, prá comemorar ou lembrar com saudades, ou não, de algo que marcou, mas passou. Então hoje é 6 de Novembro de 2010, mais um final de ano, nem arrumei minha árvore de Natal ainda, é apenas um símbolo que eu já nem sei o que me significa, um enfeite? Uma tradição de família? É que antes (retrocedendo de novo) a gente acreditava em Papai-Noel, hoje acreditamos no cartão de crédito... Mas, não perdi o espírito Natalino, gosto de ver as luzinhas piscando, pronto já me empolguei, essa semana vou montar a árvore, que ficou um ano esperando numa caixa, lá num canto da área de serviço, merece ficar bonita...
Os passarinhos estão cantando, embora atualmente more rodeada de prédios, eles ainda alegram as manhãs, felizmente o local é arborizado...
Prá variar tô sem sono, virei “coruja” mesmo e ainda bem que o computador é aliado, hoje posso ficar olhando o teto, mas com a cabeça fervilhando de pensamentos, inclusive em criar esse Blog... Vou me espalhar pela internet, mas a intenção nem é essa, sério, é mais para colocar minhas idéias, comentar sobre a vida, acho que preciso “desabafar” comigo mesma e aqui será meu refugio, meu “cantinho”, xiii tô sendo repetitiva... Já tive um diário, mas isso conto outro dia, hoje já esgotei meu lado nostálgico...
Tenho mania de reticências, é como deixar algo no ar, para ser decifrado, ou que precise ter continuação, bobeira minha...
Pronto comecei meu blog, vamos ver se as “reticências” continuarão, ou páro no meio do caminho, muitas vezes desisto dos meus propósitos, puro comodismo (de novo), ahhh! Mas quando me vejo diante de uma necessidade, então “arregaço as mangas” e mãos a obra, porém  no “MEU BLOG”, que luxoooo!!! Será sempre quando eu estiver a fim de digitar e ter algo prá dizer, óbvio, nada de compromissos, tudo dependendo da vontade e inspiração...
Esse é um começo para contar os muitos recomeços que tive, porque a vida é isso, como diz a música do Julio Iglesias: “Um dia o riso, o outro a dor”...  Logicamente que prefiro o riso, tem essa do grande Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável
O sofrimento é opcional”... E assim termino hoje, ouvindo a melodia dos Passarinhos...